O SHOW DE SAMANTHA!

É certo que estamos vivendo um tempo em que a nostalgia tem trazido algumas épocas à tona, reviver está na moda. Grupo infantil de três décadas voltando, pagodeiros se reunindo para fazer show, cantor gravando músicas que fizeram muito sucesso em um passado distante, Netflix usando referências antigas em seriados famosos como 'Stranger Things' e apostando em histórias sobre apresentadoras infantis. O paraíso para sentir aquele quentinho bom no coração com as lembranças.
Se você é desses que adora ficar clicando no botão do controle, zanzando pelo Netflix em busca de algo interessante para assistir, deve ter visto a indicação de Samantha! (Sim, com exclamação!), e sério, sossega esse dedinho aí, você precisa assistir. 

A série é a junção de todas as coisas mais trashs das celebridades nacionais e que, com o perdão da generalização, a gente ama. Artista em decadência que busca permanecer na fama a qualquer custo; jogador de futebol que tenta voltar aos holofotes, programas sensacionalistas, digital influencer chata, ativista que erra a mão... parece que pegaram tudo de mais exótico em dois tempos, colocaram em um saco, misturaram tudo e o resultado é a série.




Samantha! conta a história de uma apresentadora e cantora infantil que fez muito sucesso nos anos 80, quando tinha apenas nove anos. Dona de um programa infantil, ela formou um trio com outros dois meninos chamado Turma do Plimplom, uma espécie de Balão Mágico. A menininha tinha também um boneco daqueles gigantes e que as crianças morriam de medo, e claro, uma multidão que a idolatrava. 

A história se desenrola em sete episódios de mais ou menos 25 minutos cada, e por ter uma enredo leve, dá para assistir tudo de uma vez. Ela cresce, se casa com um presidiário e ex-jogador de futebol, o Dodói e, tem dois filhos, Cindy e Brandon. O elenco é um show à parte! Samantha é interpretada pela cantora e atriz, Emanuele Araújo. Quem dá vida a Dodói é o ator Douglas Silva, o Acerola da série 'Cidade dos Homens'. Já as crianças são interpretadas por Sabrina Nonato e Cauã Gonçalves.

Há quem diga que a inspiração da série é a vida da cantora Simony que iniciou a carreira em um grupo infantil, teve programa de auditório, casou com um presidiário e ainda mora no imaginário do brasileiro como a estrela mirim dos tempos de ouro. Aliás, há pouco, Simony investiu no revival do Balão Mágico com os outros integrantes e pela pesquisada que dei, parece que não ficou muito feliz em ser indicada pelo público como referência na série, já que não quis se pronunciar sobre. Direito dela.


Inevitável também não pensar que isso é a cara de Samantha! Ousaria dizer que a personagem é a mistura de tudo de mais incomum que se tinha na época, com o que se tem hoje e que de alguma forma, funciona(va).  A série é uma produção executiva de Felipe Braga, Alice Braga e Rita Moraes e sabe o que é mais legal? Essa é a primeira série de humor brasileira produzida pela Netflix e, por conta do sucesso, já foi confirmada a segunda temporada. 

Além da história que é divertidíssima, a fotografia é um show à parte. Extramente colorida, o que nos transporta diretamente para a época e deixa um gostinho de nostalgia bom.  O que não falta são referências em um humor politicamente incorreto. A minha preferida é a do Roberto Carlos e, claro, a do Fábio Junior. Por favor, se você assistiu, me conte o que achou e qual a referência que mais gostou.  

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